Em tempos de pífia exposição pop arte num shopping da cidade, parece que o futuro próximo das artes visuais de Rio Preto está fadado a tragicomédia. A mídia (obviamente) dá destaque pra quem a sustenta e vende-se esta imagem, meio mambembe, que só um grupo bem restrito compra, ou permuta, dependendo do caso.
Mas na tarefa de ir e vir pelas ruas da cidade me deparo com algo que destoava do resto do ambiente. De longe uma mancha preta no concreto, de perto um cérebro estampado dentro do símbolo de reciclagem, acompanhado ali próximo por uma mão com punho cerrado num gesto de resistência.
Os estêncils ficam em um monumento na Praça Rotary, na av José Munia, mas são apenas alguns dos diversos que encontrei. Isso porque me limitei a zona sul da cidade.
Muro lateral do SESC Rio Preto
Destaque para esse estêncil que brinca com o destino do chiclete mascado e transforma a obra numa "instalanção participativa". Antes ao muro do que ao chão para ser pisado.
O mais instigante é pensar quem faz isso pelas ruas da cidade. Acho um trabalho interessantíssimo e criativo de alguém (ou alguéns) que mesmo correndo o risco de nem ser notado, faz de locais da cidade obras de manifestação artística. Talvez seja bem essa a intenção.
Imagino que muita gente pode condenar esse trabalho taxando-o de vandalismo ou coisa de desocupado. Consola-me saber que essas pessoas são as mesmas que gastam uma fortuna comprando quadros da exposição que citei no inicio do post...
Para ver mais fotos entre nessa galeria do Flick. Mas não repare, as fotos são meramente ilustrativas, pois não possuo conhecimento nem equipamentos para produzir um trabalho fotográfico razoável.
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